quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Debate Sobre o Aborto




Sou contra o aborto. Mas sou contra a criminalização do aborto também. O meu princípio moral e cristão não pode permitir que mulheres por motivos que desconhecemos e não nos cabe "julgar" outro princípio cristão, caiam nas mãos de clínicas clandestinas e morram.
                                                                                                                                                  "Sou a favor da vida" outro princípio totalmente cristão, se o aborto é inevitável legalizado ou não, ao menos sendo feito por vias legais poupará a vida da mulher e antes ela será acompanhada por uma equipe interdisciplinar de profissionais assistente social e psicólogo e outros que poderão apresentar outro caminho respeitando, contudo a sua liberdade de decisão.
                                                                                                                                        Enquanto não separarmos a moral do direito, não viveremos uma sociedade de respeito. Sabemos que em nossa sociedade uma mulher com recursos financeiros quiser fazer um aborto ela fará, irá a uma clínica com médicos conceituados, pagará pela consulta, pelo aborto, ficará de repouso na clínica e somente terá alta médica depois que estiver bem. 
                                                                                                                                     Ela não será denunciada, seu médico não será denunciado, e o procedimento feito em clínicas particulares não passará de um atendimento normal, corriqueiro. Mas e a mulher que não possui recursos? Ela irá procurar um "aborteiro" clandestino de "fundo de quintal", pagará também, mas bem menos que uma clínica particular, e somente Deus saberá se ela vai sair com vida desse lugar.  
                                                                                                                                      E se sobreviver terá complicações como muitas já tiveram, e irão parar em um hospital público, e se sobreviver será denunciada. Lembrando que essas clinicas clandestinas não respeitam o tempo em que pode-se abortar sem causar sofrimento, isso é, dentro das doze semanas de gestação que ainda não foi formado o sistema nervoso do feto.   
                                                                                                                                       Passado desse tempo o feto tem seu sistema nervoso formado e sofrerá com o procedimento. E o pior, muito dessas submetem o procedimento em mulheres que já estão até no sétimo mês de gestação. Isso não é mais aborto é infanticídio. Precisamos ter um debate sério sobre esse assunto, sem moralismo religioso.   
                                                                                                                                       Pois se os religiosos se importassem com a vida estariam preocupados com as mulheres que poderão vir a morrer enquanto o aborto é criminalizado.  Hoje o Senado Federal realizará a terceira audiência pública para discutir o assunto, o Senador Magno Malta é relator da pasta após a entrega da mesma pela Senadora Marta Suplicy. 
                                                                                                                              Instruira SUG 15 de 2014, que regula a interrupção voluntária da gravidez, dentro das doze primeiras semanas de gestação. 06/08/2015 - 09:00 - Anexo II, Ala Senador Nilo Coelho, Plenário nº 2 Que a população possa participar, discutir, debater com cidadania.                                                                                                                                                    Por Lúcia Goulart




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