domingo, 31 de maio de 2015

Diferenças e igualdade


A falta de respeito, a intolerância, a falta de amor, a incompreensão são causas que tem levados povos as guerras.
Disputas pelo o que não tem valor, a não ser o material.
Vivemos as relações baseadas no Capital versus trabalho, na exploração do homem pelo homem em busca de lucro acima de tudo, o que levou o Brasil a ter a perversidade da mão de obra escravizada por 350 anos, mais de três séculos de desumanização do outro amparado na religiosidade.
Tudo pela acumulação de riquezas, em detrimento do ter e não do ser. Da coisificação do homem roubando sua humanidade com apoio da Santa Igreja, para que o "bom" cristão pudesse dormir com a consciência tranquila.
Invisibilizar a cultura do outro, sua sabedoria, para validar as práticas de quem os escravizava, naturalizando as diferenças como algo ruim, feio, não aceito, marginalizado.
E por que fizeram isso?
Para que em primeira instância não fosse aceito como "normal",
Depois roubássemos, daqueles que trouxemos cativos a sua identidade, a sua dignidade, o seu amor próprio, como se isso fosse possível.... Para mais fácil subalterniza-los.
Mas esse povo forte, guerreiro, se mostrou na revolta dos Malês,
No Quilombo dos Palmares, sua força, sua capacidade e estratégia, de forma um Estado dentro da Colônia, abrigar negros que não se sujeitavam a servidão, indígenas, e brancos empobrecidos. Plantavam, criavam animais, produziam para sua subsistência.
Zumbi dos Palmares foi seu líder, odiado pelos colonizadores que empreendiam contra ele com fúria uma perseguição incansável.
Por anos e não conseguiram, até que um dia em uma emboscada pegaram seu homem de confiança que fizeram com que traísse o Herói destemido, e temido pelos brancos perversos.
Zumbi foi assassinado, esquartejado e colocado seus restos mortais como exemplo para que outros não tivessem a mesma audácia.... Engano deles..... Mais Quilombos aumentariam
Zumbi nunca foi escravo, era livre e foi criado por jesuítas, mas abriu mão de sua condição em favor do seu povo.
Foi morto pela ganância daqueles que se serviam do outro ser humano como "propriedade privada" Bem de consumo, forma de se enriquecer as custas do trabalho alheio.
Enquanto houver sistema capitalista, haverá exploração do homem pelo homem,
dos que se enriquecem as custas dos que trabalham em troca de um salário que mal dá para suprir suas necessidades.
Lutemos pela reforma agrária, lutemos contra o coronelismo, e busquemos a essência da dignidade humana.
Não estigmatizemos sem conhecer a cultura Africana, afro-brasileira, somos Brasil porque somos formados pela matriz afro-brasileira, a matriz indígena e a matriz europeia.
Não pense que a europeia é melhor que as outras, todas contribuíram, apenas a europeia quis apagar a importância das outras pela sua perversidade e atrocidade.
Sou brasileira, sou afrodescendente, sou indígena
Por Lúcia Goulart

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